O que os olhos vêem e os ouvidos captam é o que realizamos.


O que os olhos vêem e os ouvidos captam é o que realizamos.


Para algumas pessoas, nós, seres humanos, agimos baseados nos sentimentos do coração. Outros dizem que a mente humana é responsável pela nossa forma de agir. Temos ainda aqueles que dizem que nossas emoções vêm da nossa alma. Sem querer adentrar no campo estritamente científico ou no campo religioso, podemos entender que o nosso cotidiano é regido por tudo aquilo que os nossos olhos e ouvidos podem captar. Muitas de nossas ações e de nossas reações são impulsionadas e (ou) manipuladas pelos nossos conceitos previamente estabelecidos acerca das circunstâncias e dos fatos. Esses conceitos são adquiridos pelo nosso “Ser social” (o Ser moldado pela sociedade na qual ele está inserido) e tem por porta de entrada os nossos olhos e os nossos ouvidos. As imagens e os sons por nós captados são as diretrizes para o nosso pensamento e o nosso agir. De forma simplificada, podemos dizer que (Tudo que vejo + Tudo que ouço = EU), somos a soma de tudo que vemos e ouvimos. Nesse mundo globalizado e de tecnologia crescente, muitas são as fontes (codificadas em imagens e sons) que nos constroem. Essas fontes criam parâmetros de acordo com a moral e os costumes da sociedade da época. O ser humano sempre sofre novas influências dessas fontes, por isso observamos que não existem pessoas prontas, “acabadas”, possuidores de todos os códigos. Um exemplo prático disso é quando nos vemos diante de uma situação que não conseguimos solucionar. Pode ser que não tenhamos recebido as informações necessárias para construirmos parâmetros e tomarmos a decisão necessária para solução do problema – aí precisamos do famoso “conselho” de uma pessoa que já tenha passado por situação semelhante, ou que saiba como agir de acordo com aquela necessidade específica. (nesse aspecto é parecido com a matemática, onde, precisamos ser conhecedores das fórmulas para solução das questões).

O que vivemos nos dias de hoje é a mensagem que devemos ter uma absorção de tudo aquilo que vemos e ouvimos, e isso deve ser tratado como sendo parte da “natureza das coisas da vida”, como se tudo fosse permitido, tudo certo. Parece que não temos mais limites (como se limite fosse uma expressão ruim), e em nome desta “visão” (desta forma de entender e viver a vida) não precisamos mais de parâmetros. Por exemplo; algumas comunidades entendem que matar uma pessoa não é errado, desde que, quem matou (cometeu o crime) saiba que terá que pagar judicialmente por isso (matou, foi punido, pagou pelo erro – então está tudo certo). Quando o pensamento deveria ser: jamais poderei matar alguém, se matar (se vier a cometer um crime), serei punido por isso.

Em uma das cartas do apóstolo Paulo registrado em; 1 Timóteo, cap. 4, versos 1 e 2; ele diz:

“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência;”

Cauterizar a própria consciência é a perda dos parâmetros e limites que orientam a condição humana. Sem esses “reguladores” vivemos em busca de alcançar o inalcançável. Perdemos assim, a capacidade de enxergar as possibilidades reais dentro das condições humanas e ter prazer nas metas tangíveis. É importante analisarmos que esses comportamentos começam nas pequenas coisas e não no exemplo maior que dei anteriormente, começamos com o que é corriqueiro e do nosso cotidiano e passo a passo chegamos aos parâmetros mais altos.

Então, se sabemos como captar informações para o nosso pensamento e nossa ação, entendemos que é possível fazer uma seleção dos conteúdos para direcionarmos esses pensamentos e ações. Assim, a qualidade da nossa vida estará no fato de atentarmos, em visão e audição, para o que é bom para nossa vida e para as pessoas ao nosso redor. Cabe a nós mesmos o poder de decisão e de quais fontes buscaremos para moldar a melhor forma de viver respeitando a nós mesmos e aos outros.



Você acha que as coisas podem funcionar desta forma?

Como seria possível direcionar pensamentos e ações?

Qual seria o melhor direcionador de parâmetros para o ser humano?


Pense e comente.
0 Responses

Use esse espaço para comentários.

    Sobre o Blog

    Aqui você vai encontrar artigos, ensáios, resenhas e crônicas, com uma visão, ora crítica, ora romântica, sobre os fatos do cotidiano sempre com doses homeopáticas de bom humor. Todos os textos, são produzidos pelo autor (aqui não tem CONTROL+C / CONTROL+V), caso haja alguma citação ou inspiração a devida fonte será mencionada.



    Contato por e-mail

    marcelo_almeida@mail.com

    Arquivo de Textos